
A contestação em torno do Conselho Diretivo liderado por Frederico Varandas tem vindo, nos últimos dias, a subir de tom, no seguimento do quarto lugar – a pior classificação desde 2012/13 – no qual a equipa de Rúben Amorim terminou a temporada da I Liga, fruto da derrota com o Benfica, por 1-2.
Os pedidos de eleições antecipadas vão-se multiplicando, mas fontes consultadas pelo Desporto ao Minuto asseguram que, neste momento, não passa pela cabeça do líder do clube de Alvalade avançar com a demissão do cargo.
O mandato para o qual Frederico Varandas foi eleito em 2018 prolonga-se por mais dois anos, e o dirigente máximo dos leões pretende cumpri-lo até final, ignorando, assim, a contestação de claques, núcleos e elementos da oposição.
Tal como o próprio sublinhou em entrevista recentemente concedida ao jornal Record, a preparação tendo em vista a temporada 2020/21 está a ser feita tendo em conta uma “linha estratégica” que tem como objetivo “tornar o Sporting um clube vencedor no médio e longo prazo”.
Três focos de contestação
A contestação mais veemente tem partido da Juventude Leonina, claque que se encontra em ‘divórcio’ completo com o clube desde que a direção liderada por Frederico Varandas decidiu cortar todos os apoios, em outubro do passado ano de 2019.
O grupo de adeptos publicou, na segunda-feira, um comunicado no qual exigia a demissão, apontando os principais erros cometidos pelos responsáveis no decorrer dos últimos anos, e reforçou os protestos 24 horas depois, com tarjas fixadas nas imediações do estádio de Alvalade.
Elementos da oposição, como é o caso de Pedro Madeira Rodrigues – que desistiu do sufrágio de 2018 em detrimento de José Maria Ricciardi – também já vieram a público defender que o presidente do conjunto verde e branco deveria convocar eleições antecipadas.
Já na quarta-feira, foi a vez de Daniel Pereira, presidente do Núcleo de Braga, dar voz a um movimento que junta vários núcleos do país, e, em declarações prestadas ao jornal A Bola, tecer críticas à gestão do clube e anunciar “um encontro” para discutir o futuro do clube.
Frederico Varandas não confere, no entanto, legitimidade a nenhum destes focos de contestação para interferir na vida do clube, pelo que um eventual pedido de demissão e convocação de eleições antecipadas é ‘carta fora do baralho’ em Alvalade.